Quebrando as Correntes da Classe e da Pobreza

Quando os filhos de Israel clamaram por um rei, Deus lhes concedeu o que pediram — mas também os alertou sobre o custo. Samuel disse: “Eis o que o rei que reinar sobre vocês reivindicará como seus direitos: Ele tomará os seus filhos e os fará servir nos seus carros... Ele tomará as suas filhas para serem perfumistas, cozinheiras e padeiras... Ele tomará a décima parte do seu cereal e da sua vindima... vocês mesmos se tornarão seus escravos” (1 Samuel 8:11-17).

Israel pensou que um rei traria segurança, mas Deus compreendia o custo dos sistemas humanos. Eles não rejeitaram Samuel; rejeitaram o próprio Deus (1 Samuel 8:7).

A partir daquele momento, Israel entrou em um sistema de classes de privilégio e servidão. Filhos de nobres herdavam poder e riqueza, não por serem sábios, mas por terem nascido em posição privilegiada. Os servos, embora frequentemente mais sábios e capazes, permaneciam em servidão para sustentar a propriedade de outro homem.

Mas Deus nunca criou os homens para viverem em tais hierarquias. Seu projeto original era a igualdade sob Sua liderança. Mais tarde, o apóstolo Paulo declarou: “Não há judeu nem grego, nem escravo nem livre, nem homem nem mulher; pois todos vocês são um em Cristo Jesus” (Gálatas 3:28). Os sistemas de desigualdade não foram um projeto do céu; foram criação do homem.

Alguns nasceram em desvantagem, mas Deus nunca os destinou a permanecer assim. O próprio Jesus disse: “Porque há eunucos que nasceram assim, e há eunucos que foram feitos eunucos por outros — e há aqueles que escolhem…” (Mateus 19:12). Da mesma forma, alguns nascem ricos, alguns são enriquecidos por outros, mas todos devem escolher como viver.

A Bíblia diz: “Um pouco de sono, um pouco de cochilo, um pouco de repouso, a pobreza virá sobre você como um ladrão” (Provérbios 24:33-34). A pobreza não é um direito de nascença; muitas vezes, é o resultado de escolhas, condições e sistemas. Ninguém nasce para ser pobre. Ninguém nasce para ser servo para sempre. A pobreza é uma condição, mas a prosperidade é um plano divino.

Deus declarou: “Porque eu bem sei os planos que tenho para vocês... planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar dano, planos de dar-lhes esperança e um futuro” (Jeremias 29:11). Israel se tornou escravo no Egito, não porque esse fosse o plano de Deus, mas por causa das circunstâncias em que se encontravam. No entanto, Deus enviou Moisés para libertá-los. Quando Deus escolhe você, Ele nunca pretende que você permaneça na escravidão ou na pobreza.

Os sistemas de classes não são história antiga; eles ainda existem hoje. Em muitas nações africanas, 5% da população possui a maior parte das terras, enquanto a maioria luta contra a pobreza. Ter um carro ou ter o pão de cada dia não é riqueza. A verdadeira riqueza é controle — controle sobre terras, recursos e destino. A questão é: quem controla sua economia? Quem controla seu futuro?

Deus nunca pretendeu que um indivíduo controlasse os outros. Ele concedeu a cada homem a capacidade de construir, governar e prosperar. Moisés não permitiu que o sistema egípcio o impedisse de libertar o povo de Deus. Davi, embora ignorado na casa de seu pai, ascendeu de pastor a rei porque Deus o havia escolhido.

Sua condição de nascimento não determina seu destino. O que determina seu destino é o que Deus falou sobre você antes mesmo de você ser formado no ventre de sua mãe (Jeremias 1:5). Você pode ter nascido em desvantagem, mas está a uma decisão da transformação. Essa decisão é confiar em Deus e lutar pelo seu destino.

Não se contente com a pobreza. Não se contente com a escravidão. Deus o chamou para algo mais elevado. Seu plano é a prosperidade, não a servidão.

A questão permanece: você permitirá que a condição do seu nascimento e os sistemas dos homens o definam, ou você se levantará para manifestar o que Deus o chamou para ser?

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