Além das quatro paredes: redescobrindo a influência da igreja na cultura
Quando olhamos para a história da igreja - especialmente através das lentes dos patriarcas como Abraão, Isaac e Jacob -, vemos algo impressionante: eles não estavam focados na construção de igrejas ou templos. Sua prioridade não era estruturas arquitetônicas - era vida. Seu foco era a construção de famílias, cultivar terras, administrar riqueza e, o mais importante, nutrir um forte relacionamento com Deus.
A primeira vez que vemos qualquer local de culto formal construído é durante os dias de Moisés. Mesmo assim, não era uma "igreja" como a entendemos hoje, mas um tabernáculo-uma tenda móvel de reunião onde as pessoas podiam expiar o pecado e se comunicar com Deus (Êxodo 25: 8-9). Era um lugar de encontro divino, não apenas uma reunião de rotina.
A fé patriarcal inicial não era sobre sentar em bancos; Era sobre caminhar com Deus. Abraão, por exemplo, era um homem de imensa influência - tanto que poderia criar um exército de sua casa para resgatar o lote (Gênesis 14:14). Sua força não estava apenas em adoração, mas em sabedoria e estratégia. Ele entendeu seus tempos e ocupava o espaço de acordo.
No entanto, em algum lugar ao longo da linha, o foco da igreja mudou. Da construção de pessoas, começamos a construir estruturas. De cultivar cultura, nos tornamos confortáveis em claustros. Nossos bancos cresceram em número, mas nossa voz no mundo diminuiu. Esquecemos que Jesus disse: “Você é a luz do mundo. Uma cidade situada em uma colina não pode ser escondida” (Mateus 5:14). A luz não tem valor se permanecer oculto.
De certa forma, perdemos nosso lugar de influência porque reduzimos nossa definição de ministério. Assumimos que, enquanto nos reunirmos em templos e santuários, estamos cumprindo o mandato de Deus. Mas o verdadeiro impacto acontece quando a igreja entra em todas as esferas - tecnologia, educação, mídia, negócios e sim, até jogos.
Uma vez ouvi algumas crianças falando sobre seus videogames favoritos. Uma das crianças disse que você subiu de nível até se tornar um "Leviatã" - que no jogo significa o nível mais alto ou o caráter mais forte. E me impressionou que a igreja possa perder uma geração porque não estamos nessas áreas: e se, como crentes, criamos jogos que modelavam o crescimento espiritual - onde o nível mais alto não era poderes demoníacos ou escuridão, mas a maturidade em Cristo ou angelical anfitrião?
Por que não temos jogos, filmes e desenhos animados fabricados cristãos que as crianças podem amar-e isso também molda sua identidade na justiça? Hollywood não espera permissão para influenciar as mentes de nossos filhos, eles inundam telas com verdades distorcidas e narrativas reimaginadas. Enquanto isso, a igreja costuma dizer aos pais: "Basta ler seus filhos na Bíblia". Mas e se eles não estão envolvidos lendo a Bíblia e ouvindo histórias da Bíblia? Não devemos criar novas maneiras de atraí -las para a maravilha das Escrituras?
Davi usou músicas e salmos - culturais ferramentas relevantes - para aproximar as pessoas de Deus. Paulo usou cartas, a forma de comunicação mais avançada em seus dias, para chegar à igreja. Por que devemos ser diferentes? “Eu me tornei tudo para todas as pessoas, para que, por todos os meios possíveis, eu possa economizar alguns” (1 Coríntios 9:22).
Ser cristão não se trata de estar confinado a quatro paredes. Trata -se de seguir a Cristo - nas ruas, nas escolas, nas telas e nos sistemas que moldam a próxima geração. Nosso chamado não é preservar as peles velhas de vinho, mas despejar vinho novo em embarcações que podem segurá -lo.
Devemos voltar a construir pessoas - não apenas edifícios. Se construirmos crentes com habilidade, sabedoria e espírito, a Igreja se tornará novamente uma força que não pode ser ignorada.
Minha oração é que nós, como igreja, não perdemos nossa posição neste mundo. Que possamos redescobrir o chamado para ser sal e luz em todas as esferas, e podemos recuperar com ousadia os lugares que abandonamos. Como está escrito, “Surise, brilhar, pois sua luz chegou, e a glória do Senhor se eleva sobre você” (Isaías 60: 1).